Pular para o conteúdo principal

Terça

O que fica do encontro é o encontro.

A conversa foi boa, mas acabou. O povo sumiu, a luz se apagou.

A borra do café mal coado no fundo do copo americano não será lida.

O cheiro do cigarro morto apagado no cinzeiro vai passar.

Tudo fica ali, naquele momento.

O que se carrega do encontro? Sorriso, riso, experiências, abraços?

Não.

O que fica do encontro, é o encontro.


Ainda é terça feira.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Convicção.

Durante meus estudos de fim de semana, descobri algo importantíssimo. Muita gente durante a virada de ano, quando estão na praia, têm a tradição de pular sete ondas. Por isso resolvi pesquisar de onde vem esse hábito. Diferentemente do que acreditam os "puladores de onda", esse costume não tem origem na Bahia antiga com os costumes do candomblé trazido da África pelos escravos. Não, não se trata de uma homenagem a Iemanjá, nem a nenhuma outra dessas entidades. Na década de 30, mais precisamente no meio dela, em 1935, oito presos fugiram de uma das mais temidas prisões em toda história, a Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. O lugar tinha esse nome convidativo por ser banhado por todos os lados por uma gélida água infestada de tubarões, com forte correnteza. Era lá que o governo francês trancafiava seus assassinos condenados a prisão perpétua e era também onde dava férias aos seus presos políticos. Então. Depois de anos presos, aqueles oito passaram a se dedicar ao estudo metód

Caetano e o tempo.

  Impressionante o poder que a música tem de fazer viajar no tempo.  Ainda há pouco, no banho, Marisa Monte chegou na playlist, e o túnel se abriu.  O ano era 2000. Tudo estava chegando ao fim. O ensino médio, o curso técnico, o século. O grupo grande de amigos também, embora esse a gente só percebesse depois.  O que restava da inocência. Nova Brasil FM era a rádio que o dial marcava o dia todo, e embalava os namorinhos da adolescência.  Virou e mexeu Caetano surgia com o verso "menina do anel de lua e estrela".  Numa dessas vezes, os dois estavam deitados com pouca roupa, ela usava aquele brinco que era o título da música. A gente fez um desenho na pele um do outro e isso se tornou meio que o símbolo das nossas comunicações, e desenhávamos nos cantos das cartas.  Na época isso tinha importância, mas ficou esquecido por quase essa vintena de anos. Até a Marisa Monte me trazer precisamente aquela voz ao pé do ouvido.  Já que em outubro as pessoas desenham, aí está.

Lições do caçula

Vivendo e aprendendo. Meu irmão, Pedro Renato, conhecido como o "Aquele que não perdoa gafes" e participador fundamental na criação do termo artroscopia, é mesmo um garoto sabido. Saímos dez dias após seu aniversário nós dois, na companhia de duas belas damas para comer algo e distrairmos no fim de um fim de semana no mínimo traumático. Ao ser indagado sobre o motivo de responder a um "Tudo de bom" com o qual recebeu as felicitações ao completar mais um ano de vida, com um "eu não quero", ele me ensinou uma genial. -Se eu ficar com "tudo de bom", o que fica para você? E ganhou o sorriso de uma garota. Sabe ou não sabe o que fala?