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Caetano e o tempo.

 Impressionante o poder que a música tem de fazer viajar no tempo. 
Ainda há pouco, no banho, Marisa Monte chegou na playlist, e o túnel se abriu. 
O ano era 2000. Tudo estava chegando ao fim. O ensino médio, o curso técnico, o século. O grupo grande de amigos também, embora esse a gente só percebesse depois. 
O que restava da inocência. Nova Brasil FM era a rádio que o dial marcava o dia todo, e embalava os namorinhos da adolescência. 
Virou e mexeu Caetano surgia com o verso "menina do anel de lua e estrela". 
Numa dessas vezes, os dois estavam deitados com pouca roupa, ela usava aquele brinco que era o título da música. A gente fez um desenho na pele um do outro e isso se tornou meio que o símbolo das nossas comunicações, e desenhávamos nos cantos das cartas. 
Na época isso tinha importância, mas ficou esquecido por quase essa vintena de anos. Até a Marisa Monte me trazer precisamente aquela voz ao pé do ouvido. 
Já que em outubro as pessoas desenham, aí está.

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