Pular para o conteúdo principal

Tentei ser imparcial.

Mais uma vez aconteceu.

Parece que a sina de quem se envolve comigo invariavelmente passa por decepção.

Não sei o que acontece, só que é repentino, inesperado. Assustador.

E parece que quanto mais envolvido eu estiver com a pessoa, pior para ela.

Por algumas vezes estive a ponto de dizer que te amava. Mas parei antes, para não assustá-la e por não ter certeza do que sentia.

Pois é. Agora, mesmo que não fosse isso, estou mais uma vez sozinho. Culpa minha, e só minha, que fique bem claro.

Enfim.

Vou seguir em frente, não existe outra opção. Mais um remorso para me lembrar por muito tempo. Mais um esqueleto no armário.

Também não é por isso que desistirei de lutar pela minha sobriedade e me entregarei de vez. Pelo meu filho, minha mãe e meu pai. Mas principalmente por mim, não posso desistir, sei que sou mais do que tenho sido na vida.

Continuo querendo vencer diariamente essa batalha. Afinal cada dia vencido é um tijolo que coloco em minha frente, como para construir um muro contra isso.

Cada vez que erro, perco um (ou mais) aliado(s) sei disso.

Mas afinal, isso só depende de mim.

E começarei com força maior, quantas vezes se mostrar preciso.

Não sou orgulhoso para dizer que não preciso de ninguém?

Não sou teimoso para continuar com meu ponto de vista até o fim?

Pois bem, usarei essa teimosia e esse orgulho para manter a hombridade, usarei contra essa voz que a cada cinco minutos de bobeira me sopra no ouvido: “olha só, você está sozinho, vai comprar um cigarro no boteco e toma umazinha, ninguém vai ver”.

E, se ficou a dúvida, não, eu não consigo sozinho. E sim, meu ponto de vista é errado.

Espero que consiga agir como sugeri aqui. E que sempre que pensar em deslizar, lembre-me disso.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Diferenças.

Hoje duas coisas que eu achei engraçadas aconteceram, mostrando a diferença entre as pessoas, e me fazendo pensar. A primeira: Da idade: Hoje a Kiss FM estava simplesmente espetacular.  Não sei se foi só comigo já que eu acordei (ao som de Pearl Jam) e pensei “Hoje nada vai estragar meu humor, custe o que custar. E num dado momento, já no trabalho, começou a rolar na rádio a bela “With a little help from my friends” que em certo momento da minha vida já foi motivo de parar o carro na beira da estrada, acender um cigarro e ligar pra um amigo, que há muito eu não via e que na conturbada época que eu vivia poderia ajudar. E cuja letra (que é Beatles, claro) foi gravada na pele por um dos grupos de amigos mais bonitos e sinceros que eu já vi, exteriorizando o que sentem. Pois bem, a música era essa e foi na mesma gravação que tocava que muita gente a conheceu, assistindo a inesquecível série Anos Incríveis. Um dos meus colegas de trabalho que está na mesma faixa etária que eu, ao ouvi...

Pra não dizer que não falei da Copa...

Então... Esse ano estou meio "brochado" com a Seleção Brasileira. Pensei em torcer para os espanhóis, mas mudei de idéia. Tudo bem é um dos times que vem jogando bonito a mais tempo, em partes porque mantém a base desde 2006 (isso mesmo 2006), em partes pelos talentos individuais. Eles têm um toque de bola realmente fantástico, e com opções por setores diferentes no campo. Porém acho que ainda vai faltar pernas pra Fúria nessa copa. Pode ser que falte também um craque acima da média, já que a seleção espanhola é um dos times mais equilibrados tecnicamente que já acompanhei. No amistoso com a França, fora de casa, a Fúria fez dois a zero no primeiro tempo, e depois fez SEIS substituições, sem o time perder a característica nem deixar cair (ok, sem cair tanto) a qualidade. Mas eu digo um craque avassalador. Um Mário de Kempes da Argentina de 78, um Romário de 94, um Ronaldo 2002, um Zidane da França de 98. Um Maradona de 86.Entendeu? O time que eu escolhi está esperando qu...

Obrigado Ferris Bueller.

Nos idos de 1990, conheci um menino. Nesses 20 anos que se passaram desde então, muita coisa aconteceu entre nós. Coisa boa e coisa ruim, muito eu o vi aprender, errar e acertar. Vi quando aprendeu a contar, quando aprendeu as cores e, aos 10 anos o vi começar a aprender aquilo que hoje o faz pleno. Tocar violão e guitarra. Enquanto isso, na sessão da tarde que assistíamos depois de eu trazê-lo da escola, o talvez mais clássico filme de adolescentes dos anos 80, passava e passava e passava. Curtindo a Vida Adoidado. Quem não se lembra das loucuras de três adolescentes numa tarde na cidade norte-americana de Chicago, depois de matarem aula e pegarem “emprestado” do pai do Cameron a Ferrari 1960 que ele havia restaurado? E a cidade inteira cantando com Ferris na parada? Porque eu contei isso? Ontem, ao vê-lo no palco pela primeira vez por um show inteiro, e ouvindo os elogios à sua musicalidade ao meu redor, ao orgulho que me preencheu, algo se somou. Uma lembrança daquele ...